segunda-feira, 1 de agosto de 2011

O Escuro

O Escuro

No meio de tudo, vejo o nada
Luzes pequenas na distância do morro
O vento frio sopra para aliviar
O cheiro da terra molhada

No meio do mato criaturas
que jamais vi ou verei
Criaturas como eu e você
Acuadas e atrevidas

Quardam mistérios que só a noite sabe
Sentimento e instinto animal
O cantar das cigarras à folha que cai, barulhos silenciosos
pessoas que dormem, seres que vivem

Me consolo ao ver uma janela
que aberta à meia luz
traz fantasias e curiosidades
Sentimento de vazio

O escuro da noite camufla atitudes do dia
Aquece quando o sol já não brilha
A luz da lua clareia a alma
Desperta mistérios e dúvidas

As criaturas como nós e nós como as criaturas
De dia se recolhem e a noite se entregam
Timidas e sem jeito sob a luz,
Inteligentes e surpreendentes sem ela

Facetas corajosas
O escuro traz conforto e solidão
Para entender é preciso não saber e sim sentir
A escuridão que muitos não entendem e nunca entenderão...

R.Salgado



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